A saúde ocular na 3ª Idade
Atendimento especializado, buscando a solução mais adequada para suas necessidades.
Confira agora a entrevista que a Dra. Marina Roizenblatt deu ao portal Avosidade sobre “A saúde ocular na 3ª Idade”.
Palavra de especialista: a importância de cuidados regulares
► Com a chegada da 3ª idade, as visitas regulares ao oftalmologista se tornam ainda mais importantes. Não é incomum a queixa de piora da acuidade visual entre os idosos. Em termos de prevalência, a queixa mais comum é a perda da habilidade de focar objetos a uma curta distância. Ocular
De repente, as letras de livros, jornais e computadores tornam-se borradas e o braço demasiadamente “curto” para permitir o posicionamento dos objetos a uma distância suficiente que permita uma leitura confortável.
Presbiopia
Essa condição é chamada de presbiopia. A presbiopia costuma ser inicialmente notada aos 40 anos e progredir até a idade aproximada de 65 anos. Nessa situação, a prescrição de um par de óculos multifocais ou óculos de leitura para perto pode muitas vezes solucionar o problema.
Entretanto, a consulta oftalmológica não deve se limitar à prescrição de um par de lentes de óculos, uma vez que há uma lista de condições oftalmológicas mais prevalentes na 3ª idade que necessitam da devida atenção e investigação, muitas das quais não vão dar sintomas em sua fase inicial.
Deve-se incluir nesta lista, patologias como: o olho seco, a degeneração macular relacionada à idade (DMRI), a retinopatia diabética, o descolamento do vítreo posterior, o glaucoma e a catarata.
Olho seco
As pessoas mais velhas tendem a produzir menos lágrimas e daí que vem a sensação de secura ocular, este sintoma pode ser especialmente pronunciado entre mulheres que já entraram na menopausa.
Outro fator agravante para tal ressecamento é a frouxidão das pálpebras que ocorre com o avançar da idade. As estratégias de tratamento são diversas, incluindo uma ampla gama de colírios lubrificantes, cada um destes indicados para quadros clínicos específicos.
Degeneração macular
A próxima condição da lista é a DMRI (degeneração macular relacionada à idade), doença ocular comum que costuma ser assintomática em suas fases iniciais, mas que pode potencialmente comprometer a parte central do campo visual no avançar da patologia. O tratamento da DMRI vai depender do tipo e do estágio ao diagnóstico.
Retinopatia diabética
A retinopatia diabética é outra causa importante de perda de visão em idosos. Trata-se do dano da retina decorrente de longos períodos de descontrole do diabetes, o que explica a sua maior prevalência na 3ª idade, novamente, com potencial de comprometimento visual caso o tratamento da doença seja negligenciado.
Descolamento de vítreo
Outra queixa frequente nos consultórios oftalmológicos é a percepção visual das chamadas “moscas volantes”, “teias de aranha” ou “flashes luminosos”. Isso se deve a mudanças constitucionais, associadas à idade, da estrutura que preenche internamente o globo ocular, o humor vítreo.
Muitas vezes esses sintomas estão associados a descolamento da parte posterior do vítreo (descolamento do vítreo posterior), mas em casos raros, podem ser um sinal de rotura na retina ou descolamento de retina, necessitando avaliação urgente de um oftalmologista especialista.
Glaucoma
Partimos então para a discussão do glaucoma. Pessoas de todas as idades podem ser diagnosticadas com glaucoma, mas a doença é mais comum entre idosos. O glaucoma danifica o nervo óptico e pode levar à cegueira se não for tratado precocemente.
Como os sintomas costumam passar despercebidos, fazer exames oftalmológicos regulares é a melhor medida preventiva para se proteger da perda de visão decorrente dessa condição.
Catarata
Por fim, temos a catarata senil, que nada mais é do que a turvação do cristalino, lente que temos dentro do olho, o que obviamente dificulta a visão. A cirurgia é o tratamento para a catarata.
Em suma, a maioria das doenças oculares relacionadas à idade deve ser detectada e tratada precocemente para evitar danos permanentes a longo prazo. Para isso, um exame oftalmológico abrangente anual é recomendado, mesmo na ausência de queixas oculares específicas.
Em linhas gerais, a precocidade nos diagnósticos e tratamentos das doenças oftalmológicas está diretamente relacionada a uma melhor eficácia, garantindo a manutenção da visão por mais muitos anos.
Fonte: https://avosidade.com.br/dra-marina-a-saude-ocular-na-3a-idade/